Secretário
municipal da cultura não descartou possibilidades
O secretário municipal de cultura da
prefeitura de São Paulo, André Sturm, afirmou que a música cristã contemporânea
terá espaço na Virada Cultural da capital paulista a partir de 2018, depois de
14 anos sem apresentações deste cunho.
Em uma reunião ocorrida com vereadores
da bancada cristã da Câmara Municipal de São Paulo, Sturm discutiu com
parlamentares formas de incluir a música cristã na programação cultural que
envolve a principal metrópole do Brasil.
Na avaliação dos vereadores e do
secretário, a música cristã contemporânea deve ter um espaço exclusivo no
evento. De acordo com a assessoria do vereador Rinaldi Digilo, a primeira ação
em direção a essa inclusão foi trazer o cantor Felipe Lancaster no Autódromo de
Interlagos. Assim, a ideia é montar um bloco com mais artistas e bandas.
“Quero colocar essa nossa disposição
concreta de abrir esse espaço para a música gospel em São Paulo. Por isso,
estou aqui ou se não fosse assim, não viria. Algo que me incomoda é essa visão
errada que se tem de: por que quando é um artista ligado a tradição da religião
afro é cultural e quando é da tradição cristã não é cultural? Falo isso com
tranquilidade, pois compartilho de outra religião. Sou judeu e reconheço a
importância da música gospel”, disse André Sturm.
Os vereadores também querem que a música
cristã esteja mais presente nos locais de cultura da cidade. Rinaldi, pastor da
Igreja do Evangelho Quadrangular, afirma que, pela contribuição social dos evangélicos,
sua presença deveria ser mais efetiva nestes espaços.
“Nós, cristãos, ajudamos com arrecadação
de cobertores para os centros para pessoas em situação de rua, fazemos um bom
trabalho em áreas como a Cracolândia e ajudamos a cidade. Mas na hora de utilizar
os equipamentos culturais, sinto um preconceito e uma discriminação. É preciso
mudar isso”, afirmou.
André Sturm fez ressalvas contra
possíveis críticas. “Não estamos falando de manifestação religiosa, que é
proibido por lei nesses equipamentos, mas sim de artistas com um trabalho
musical de qualidade e reconhecido, culturalmente valioso, que devem ter seu
espaço”.
Fonte: Gospel Prime