Pesquisador Blaine Conzatti alertou que o fato dos jovens aderirem a uma visão pós-moderna e se afastarem de Deus tem sido decisivo para o aumento das taxas de suicídio
Fonte: CPAD News via Guia-me / com informações do Christian Post
A perda da fé em Deus e o declínio da
religião estão entre as principais razões pelas quais jovens (adolescentes e
adultos mais novos) estão cometendo cada vez mais suicídio nos Estados Unidos,
de acordo com o grupo conservador ‘Instituto
de Política Familiar’, de Washington.
A
organização sem fins lucrativos estudou os diversos debates sociais que o drama
adolescente "13 Reasons Why" (“13
Razões Por quê”),
exibido pela Netflix, tem levantado
sobre suicídio nos últimos meses, e observou que este é um é um problema real e
crescente entre os jovens nos Estados Unidos.
O
programa, baseado no romance do mesmo nome, retrata a vida e o suicídio de uma
estudante de ensino médio, chamada Hannah Baker, detalhando 13 razões pelas
quais ela escolheu tirar a própria vida.
Blaine
Conzatti, colunista e pesquisador do ‘Instituto
de Política Familiar’, escreveu em um artigo na semana passada,
no qual afirma: "Muitos jovens adultos estão optando pelo suicídio como
uma fuga das pressões da vida. De 2000 a 2015, a taxa de suicídio aumentou 27%
entre as pessoas de 20 a 35 anos de idade (a taxa média de suicídios nos EUA
entre todos os grupos etários aumentou quase 21% durante o mesmo período de
tempo)".
"A
taxa de suicídio do Estado de Washington é 16% maior que a média nacional",
acrescentou Blaine, citando estatísticas da Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio.
Conzatti
não concorda com muitos especialistas que citam dificuldades econômicas
acrescidas e serviços inadequados para tratamento de de saúde mental para
explicar o recente aumento do suicídio.
Ele,
em vez disso, apontou mudanças culturais, especificamente expondo quatro razões
importantes pelas quais o número de suicídios tem aumentado.
"Os
jovens americanos têm se distanciado cada vez mais das instituições religiosas
ao longo das últimas décadas, optando por viver de acordo com ‘sua própria
espiritualidade’ ou rejeitando inteiramente a fé em Deus", ressaltou ele.
Perda do propósito
O
pesquisador também se referiu às estatísticas divulgadas pelo Centro de Pesquisas ‘Pew’, a partir de 2015, que mostraram que
apenas 28% dos jovens nascidos entre 1981 e 1996 frequentam a igreja
semanalmente. Além disso, os dados também mostravam que este grupo estava menos
propenso a acreditar em Deus e apenas 38% considerando a fé como uma parte
importante de suas vidas.
"Infelizmente,
ao evitar o envolvimento em comunidades religiosas, os jovens atuais sacrificam
o parentesco e a solidariedade que essas comunidades proporcionam. Essa prática
de fé ajuda a dar significado à vida, e as comunidades religiosas equipam os
indivíduos com as relações e o apoio necessários para resistir aos males
traiçoeiros da vida", disse Conzatti.
O
pesquisador também citou outro estudo do Jornal Americano de Psquiatria, que descobriu que indivíduos
sem qualquer declaração de fé tinham "significativamente mais tentativas
de suicídio ao longo da vida" e concluiu que "os sujeitos sem
afiliação religiosa percebiam menos razões para viver, com particularmente
menos objeções morais ao suicídio".
As
outras três razões principais para o aumento da taxa de suicídio identificado
pelo pesquisador do ‘Instituto
de Política Familiar’ incluem o casamento tardio, o aumento
das instabilidade profissional e a adoção de um ponto de vista pós-modernista -
que afirma que a vida não tem sem sentido e a verdade não pode ser descoberta
por ninguém.
“Atrasar
o casamento significa que os indivíduos perdem benefícios como segurança
financeira, maior bem-estar emocional e psicológico, além de outras melhores na
saúde em geral”, argumentou ele.
“Além
disso, mudar frequentemente de emprego tem sido associado a níveis mais
elevados de estresse, crime e saúde precária, e faz com que os indivíduos se
isolem das comunidades”, acrescentou.
O
pesquisador reconheceu que reverter este quadro não é uma missão fácil, porém
também não é impossível.
"Não
há uma solução fácil. Inverter esta tendência depende de enfrentar efetivamente
as mentiras aceitas pela cultura e pela sociedade, que alimentam a desesperança
e a desorganização social e trabalhando para assegurar que nossas comunidades
podem satisfazer com êxito as necessidades materiais, emocionais e espirituais
de seus membros”, concluiu Conzatti.