20 de jan. de 2012

Mais de 13 mil pessoas pedem que o BBB saia do ar

Internautas fazem abaixo-assinado para derrubar programa


A expulsão de Daniel da casa do Big Brother Brasil por conta do suposto estupro não foi suficiente. As pessoas querem o programa fora do ar. Corre na internet uma petição pública com mais de 13 mil assinaturas que pede o fim da atração.

"Após o estupro de vulnerável, claramente enquadrado como tal, ocorrido dentro do BBB12, televisionado para todo o país, esta rede de televisão precisa estar OBRIGADA dar (sic) satisfações à sociedade brasileira e ser responsabilizada legalmente pela omissão de socorro que cometeu", diz o texto.



Para os organizadores do documento, o Ministério Público deveria se pronunciar quanto ao caso e rever a concessão pública dada à Globo, que teria passado "por cima dos direitos das mulheres de forma tão desonesta e desumana". "A retirada do programa do ar é etapa fundamental, para que não seja possível à Rede Globo que continue lucrando sobre o crime que ela permitiu que ocorresse". A reportagem entrou em contato com a Globo, mas não obteve o posicionamento.

Presbiteriana

A Igreja Presbiteriana do Brasil resolveu analisar o reality show Big Brother Brasil de uma outra perspectiva e para isso criou programa “Lado B do BBB” que é transmitido pela Rádio IPB e também postado no site da denominação comentando os aspectos negativos da atração da Globo que está em sua 12ª edição e pedindo para que os fiéis não assistam ao programa.

O programa mais recente comentou sobre as características dos participantes, que ao contrário do que é afirmado, não reflete a sociedade brasileira, pois cada um dos 16 participantes não se parece fisicamente com a maioria da população do Brasil.

O reverendo Robinson Granjeiro diz que sua “constatação é que o BBB 12 simplesmente tem o mais do mesmo de edições anteriores”. Para o líder presbiteriano o programa exalta apenas três coisas: Beleza física e disposição para expor o corpo à vontade; ambição para usar todos os meios possíveis, éticos ou não, para conseguir o milhão e habilidades para envolver os outros participantes e o público evitando a eliminação precoce.

Granjero também critica o fato da emissora carioca ter anunciado que duas de suas participantes são evangélicas. Jakeline e Kelly se declaram evangélicas e muitos cristãos questionaram as intenções dessas ‘sisters’ no programa que tem um forte lado apelativo e imoral.

Mas em seu programa de rádio o reverendo faz três questionamentos sobre o programa: 1º que seus participantes não representam a sociedade brasileiras, pois não há pessoas obesas, deficientes e nem negros. 2º que seus participantes são escolhidos de acordo com interesses publicitários e por isso a beleza é tão privilegiada. 3º sobre o que a Palavra de Deus tem a dizer sobre isso.

“Sem Ele, os valores majoritários presentes no estrato moral e ético das maiores civilizações se tornam relativos, a normalidade dos conjuntos atitudinais se tornam meras expressões do egocentrismo e da soberba e as crenças de primeira ordem do ser humano sobre o bem e o mal, o certo e o errado completamente questionáveis”, disse.

Mas ao terminar o programa o pastor convida a todos a enxergarem esse lado B do reality show. “Talvez ele reluza como espelho e nele possamos nos ver também. Talvez ele seja translúcido e por ele possamos ver os outros como devemos ver a nós mesmos”. Visite o site www.ipb.org.br/bbb.